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Entidades se reúnem em Brasília para discutir a revisão do preço mínimo do arroz irrigado

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Preço mínimo do arroz irrigado foi discutido em reunião na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Foto: Cláudio Santa Catarina

Entidades representativas da cadeia produtiva do arroz e do trigo se reuniram na tarde de ontem (08) na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, em audiência para revisão dos custos de produção e do preço mínimo dos cereais. Na ocasião, foi discutida a correção do preço mínimo do arroz irrigado gaúcho, que desde janeiro de 2009 não sofre alteração. Uma das definições da reunião é um debate com a equipe técnica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para discutir as possíveis diferenças e a uniformização das informações quanto aos custos de produção.

Foram recebidos pelo ministro Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, o presidente da Câmara Setorial Nacional do Arroz, Francisco Schardong, o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP/RS), o secretário substituto de Política Agrícola do Mapa, Edilson Guimarães e os assessores do Mapa, José Maria e Sílvio Farnese.

De acordo com Pereira, a correção do preço mínimo é necessária porque o atual valor já não atende aos seus propósitos. “Essa é uma garantia da sustentabilidade econômica para o produtor”. Há cinco safras que o preço mínimo do arroz irrigado gaúcho e catarinense está congelado em R$ 25,80 por saco de 50 kg de arroz em casca – em junho de 2013, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou aumento que varia de 6,6% a 12,9% no preço mínimo do arroz para a safra 2013/14 em outras regiões do país, entretanto, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram deixados de fora.

O coordenador da Câmara Setorial do Arroz no Rio Grande do Sul, César Marques, explica que o valor mínimo é utilizado como referência para indenizar o produtor, como em caso de granizo e enchentes, por exemplo, e também para financiamentos. É esse também o valor de referência para as compras dos estoques reguladores do governo. “É importante atualizar o preço mínimo para garantir ao produtor indenizações com valores mais próximos ao desembolso real que ele tem”, destaca Marques.

Próximos passos
Segundo Claudio Pereira, nos próximos meses serão realizados estudos que analisarão dados das diversas entidades do setor, como Irga, Conab e Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). O objetivo é chegar a um consenso sobre os custos de produção do orizicultor e, com os dados em mãos, buscar apoio político do ministro da Fazenda.

Reunião anterior
Em agosto do ano passado, durante a Expointer, Pereira e o então secretário da Agricultura Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, se reuniram com o então ministro da Agricultura, Antônio Andrade, para falar sobre o assunto. Na ocasião, aproveitaram para expressar a desconformidade do Governo do Estado e do setor arrozeiro com a política adotada pelo Ministério em relação ao preço mínimo do arroz.


Texto: Camila Raposo
Assessoria de Imprensa Irga
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