O presidente da Associação dos Cultivadores de Arroz do Uruguai, Ernesto Stirling, visitou a 37ª Expointer e prestigiou junto com sua comitiva de produtores, as atividades promovidas e apoiadas pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) , no parque de exposições Assis Brasil, em Esteio.

Do Departamento de Trienta e Tres, Stirling veio se atualizar sobre a realidade brasileira do cultivo e mercado de arroz. Tradicional exportador de arroz para 40 países e 60 destinos diferentes, o Uruguai foi responsável, na última safra, por uma área de 173 mil hectares do cereal. Nesta safra, a expectativa é de uma queda em torno de oito mil hectares e um cultivo de aproximadamente 165 mil hectares da cultura. Segundo o engenheiro agrônomo, o Uruguai obtém excelentes produtividades em suas lavouras, com uma média de 8.050 quilos. “No ano passado, obtivemos também uma excelente qualidade de grão”, salienta, ao ressaltar no entanto, os altos custos de produção para o plantio.

O país vizinho possui 550 produtores - 50% deles são gaúchos - com áreas cultivadas em média de 300 hectares. Ele explica que a maioria dos cultivadores são empresas familiares, ou seja, envolvem toda a família na atividade. O país possui ainda seis engenhos e um grupo que é responsável pelo plantio de  dez a 15 mil hectares de arroz.

Possui um consumo per capita muito baixo do grão, em torno de 12 quilos por habitante ao ano e por isso, destina 95% do seu produto para exportação. Entre os maiores importadores estão os países do Oriente Médio. Há 20 anos, o Brasil era um dos importadores do arroz uruguaio, e 5% da sua produção era destinado ao país. Mas esta realidade mudou, segundo Stirling. 

Texto: Luciara Schneid

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