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Seminários discutem produção e consumo de produtos agroecológicos

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Claudio Pereira (segundo à esquerda) acompanhou os debates - Foto: Arthur Pereira

Abertos oficialmente na manhã desta quarta (26), o XIV Seminário Estadual e o XIII Seminário Internacional sobre Agroecologia vão reunir até sexta-feira (28) acadêmicos, comundade civil, lideranças políticas e palestrantes com grande conhecimento no tema.

As atividades estão ocorrendo no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, e além dos painéis que serão apresentados, o evento terá discussões a respeito das necessidades para o futuro da produção agroecológica, entre elas a ampliação e a criação de políticas e investimentos para o setor. O resultado esperado dos debates é o fortalecimento dos princípios da agroecologia. 

No ato oficial de abertura, realizado na manhã de hoje (26), o diretor técnico da Emater, Gervásio Paulus, apresentou um histórico dos temas e dos avanços conquistados desde a primeira edição do seminário, em 1999. Em seguida, o oficial nacional de Programas da FAO, da região Sul, Carlos Antonio Biasi destacou o Rio Grande do Sul como um dos Estados com mais avanços e maior produção agroecológica do país, o que, na opinião dele, é muito positivo e mostra o quanto o Governo do Estado, Emater, Embrapa e outros órgãos do setor estão dedicas a expandir a prática e destinar investimentos e conhecimento por meio de pesquisas. 

Na sequência, o presidente da Emater, Lino De David, agradeceu a presença de todos que prestigiavam a atividade, enfatizando que o desenvolvimento sustentável é um processo complexo e global e, por isso, pressupõe a necessidade da evolução da pesquisa, da produção e da cultura do consumidor. “Nos últimos 30 anos evoluímos muito em todos esses aspectos. Recordo-me que, muitos daqueles que há três décadas batalhavam por esta causa eram tidos como loucos e, hoje, são respeitados por esta luta, que sempre teve como princípios o trabalho e o conhecimento. É neste sentido que este evento se consolida. Pois é por meio dele, por meio deste encontro de pessoas interessadas na causa, é que podemos refletir sobre onde e como podemos crescer, quais aspectos climáticos precisam ser prevenidos e melhor estudados para que possamos garantir a produção agroecológica”.

Finalizando as falas, os secretários estaduais da Agricultura, Cláudio Fioreze, e de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan, fizeram manifestações no sentido da necessidade de avançar mais em temas como investimentos e ampliação de políticas.

Para Fioreze, tanto o Governo do Estado quanto o Federal foram parceiros da causa agroecológica nos últimos anos. Desta forma, segundo ele, muito se avançou, fazendo com que a produção agroecológica do Rio Grande do Sul alcançasse importantes patamares e se tornasse referência no país. 

Já o secretário Ivar Pavan, iniciou a fala apresentando alguns dados a respeito do consumido de agrotóxicos no Brasil, ressaltando que o homem é o único que envenena os alimentos e oferece aos filhos. “O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo, consumindo 19% do total de pesticidas produzidos no planeta. Graças ao trabalho histórico e consciente é que o Rio Grande do Sul é o terceiro Estado em número de estabelecimentos de produção orgânica no país, ficando atrás apenas de Minas Gerais e da Bahia.”

Para Pavan, a Secretaria de Desenvolvimento Rural tem participação efetiva no que se refere ao incentivo à produção agroecológica, ajudando o Estado a manter a boa colocação no ranking da produção de alimentos saudáveis. “Trabalhamos nestes quatro anos para incentiva o agricultor familiar a adotar o modelo de transição, aquele em que ele começa a adaptar o trabalho e a propriedade para a produção de alimentos agroecológicos. Para isso, criamos o Programa Agricultura de Base Ecológica, que estabeleceu ações para fortalecer a agricultura de base ecológica, por meio da assistência técnica, qualificação profissional agroecológica, apoio a certificação de orgânicos, elaboração de projetos de crédito para o investimento e custeio da produção”.

Conforme o secretário, sabe-se que muito ainda precisa ser feito para que o alimento agroecológico se amplie e chegue ao consumidor urbano. “A transição precisa crescer, ser incrementada e a venda ampliada. Para isso, apostamos num modelo de agricultura familiar em que o agricultor produza, agregue valor e comercialize a produção. Produção esta que fará bem ao agricultor e aos consumidores.”

 O presidente do Irga, Claudio Pereira, acompanhou as discussões dos seminários na manhã desta quarta-feira (26).

Texto: Ascom/SDR
 

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