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Robert Zeigler fala sobre o futuro da pesquisa de arroz nas próximas décadas

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Abertura da Conferência ocorreu na manhã desta segunda-feira (23) - Foto: Sérgio Pereira/Irga

O diretor geral do International Rice Research Institute (IRRI), Robert Zeigler, das Filipinas, foi o conferencista magistral da 12ª Conferência Internacional de Arroz para América Latina e Caribe, aberta nesta segunda-feira, 23 de fevereiro, no teatro do prédio 40 da PUC RS, em Porto Alegre. Zeigler falou sobre o avanço tecnológico nas pesquisas de arroz no mundo e o potencial da América Latina em difundir estas tecnologias entre os seus produtores para buscar a sustentabilidade econômica da atividade. O presidente do Irga, Guinter Frantz, e os diretores Tiago Barata, Renato Rocha e Maurício Fischer, comercial, administrativo e técnico, respectivamente, participaram do evento.

Segundo Zeigler, o mundo caminha para uma terceira revolução verde (ecológica) e vê o Setor Arrozeiro como importante player nessa nova realidade, a fim de suprir as demandas mundiais, que ao contrário do que se esperava São cada vez maiores pelo cereal. Segundo ele, o consumo per capita está hoje entre 75 e 100 quilos anuais, especialmente na África e na América Latina.

Robert Zeigler

Ele abordou a importância das políticas de governo e o papel dos institutos de pesquisa para aprofundar o desenvolvimento genético do arroz e fazer com que estas tecnologias cheguem ao campo, ao produtor, a fim de superar desafios climáticos como as inundações e as secas. "Nós, como pesquisadores, precisamos estar atentos às mudanças que estão ocorrendo e o que o mundo pode esperar do arroz no futuro". Segundo ele, antes de uma ameaça, essas mudanças são também uma oportunidade, para melhorar a eficiência na produção.

Ele citou o trabalho do IRRI no desenvolvimento de cultivares tolerantes à inundação com altas produtividades e também com qualidade de grão. "Há 10 anos tínhamos apenas um genoma de arroz, hoje temos mais de três mil."

O evento, aberto na amanhã desta segunda-feira, continuou à tarde com o painel Visão de futuro na genética e melhoramento de arroz para maior competitividade, que teve como moderador o diretor de pesquisa do Centro internacional de Agricultura Tropical (CIAT), Joseph Tohme.

Público lotou o teatro do prédio 40 da PUC RS

Pela manhã, durante a cerimônia de abertura, que teve a participação do presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Guinter Frantz, representante do CIAT e IRRI, secretário de Estado da Agricultura, Ernani Polo, que representou o governador do Estado, José Ivo Sartori, o presidente do Flar, Manuel Leonardo, diretor da Alianza Global para La Investigacion en Arroz (GRISP), Bas Bauman, diretor executivo do FLAR, Eduardo Graterol Matute, e o representante do Comitê organizador do evento, Sérgio Lopes, CIAT e FLAR homenagearam o Irga pelos seus 75 anos, que serão completados no dia 20 de junho deste ano, com a entrega de uma placa comemorativa. A cerimônia também teve a participação do presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum.

Joseph Tohme falou sobre a importância do evento para o fortalecimento do nível técnico do setor Arrozeiro e também das redes ligadas a este setor tanto públicas quanto privadas, para atingir diferentes públicos, desde produtores até consumidores.

Zeigler lembrou que visitou o Estado pela primeira vez há 30 anos e o setor Arrozeiro continua vibrante. "Temos aqui um grupo heterogêneo de pesquisadores unidos pela pesquisa e preocupados com o futuro da economia arrozeira", disse.

Matute destacou a presença do FLAR em 17 países da América Latina e considera a conferência um espaço valioso para discutir os avanços tecnológicos e discutir os desafios do setor do arroz para os próximos anos, tais como, as mudanças climáticas, desinvestimentos no setor e desorganização do setor produtivo. "Adotamos o lema Horizontes para a Competitividade com foco na busca de estratégias para enfrentar estes desafios e por acreditar no futuro do arroz neste continente”, ressaltou.

Frantz deu as boas vindas aos participantes do evento e destacou a importância da ciência para o desenvolvimento do setor arrozeiro. "Precisamos de pessoas comprometidas com o conhecimento e com o futuro do arroz", disse.

O evento continua nesta terça-feira com a realização de dois painéis, um pela manhã, a partir das 8h, quando será discutido “Manejo da cultura e desenvolvimento para a competitividade”, e outro à tarde, a partir das 14h, com o tema “Desafios das mudanças climáticas para a competitividade do setor arrozeiro”.

Na quarta-feira, no painel 4 será debatido “Valor agregado e novas oportunidades de mercado”, a partir das 8h10min e à tarde, no painel 5, “Parcerias para melhorar o impacto e a competitividade do setor do arroz”.

Na quinta-feira (4), ocorre o dia de campo internacional, na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha, quando serão visitados experimentos e parcelas demonstrativas de arroz, soja e milho, a partir das 7h.

Texto: Luciara Schneid

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