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Câmara Setorial debate sobre a qualidade do Arroz durante a Fenarroz

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Representantes da indústria e entidades arrozeiras lotaram o auditório - Foto: Luciara Schneid/Irga

A Câmara Setorial do Arroz, sob a presidência de Rodrigo Rizzo, reuniu representantes da indústria e de entidades representativas do setor arrozeiro, como o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), durante a 19ª Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), nesta quarta-feira (25), no auditório Ito Zimmer, no ginásio do Parque de Exposições, em Cachoeira do Sul. O evento que ocorre até domingo (29), teve a participação nesta quarta-feira da diretoria do Irga, o presidente Guinter Frantz, e os diretores Técnico, Maurício Fischer e Comercial, Tiago Barata.

Maurício Fischer

Fischer apresentou durante a reunião da Câmara, relatório elaborado pelo Irga sobre o El Niño e seus efeitos no arroz do Rio Grande do Sul. Segundo ele, a lavoura arrozeira teve enchentes no plantio e na colheita, que além de perdas de produtividade e produção, com lavouras perdidas e algumas replantadas muito tarde, provocaram ainda, prejuízos gerais e localizados, em algumas regiões, com perdas em equipamentos agrícolas e na estrutura das propriedades.

O diretor técnico ressaltou que já na intenção de plantio para a safra 2015/2016, houve uma redução de 4,6% em relação ao ano anterior. “Com a evolução da semeadura, apenas 40% de um total de 1.073.984 hectares, foram semeados na época recomendada até 15 de novembro, o que já levou a se prever algum tipo de prejuízo”, constatou.

Com as chuvas, 37.271 hectares foram perdidas , o que reduziu a área de produção para 1.036.713 hectares, disse. Com isso, se projetou uma redução em torno de 15% pelas enchentes e redução de área, disse. Com 97,1% da lavoura colhida, a perda de produção estimada é de em torno 1,4 milhão de toneladas. A maioria das regiões tiveram perdas significativas de produtividade, que ficou abaixo dos 7,5 mil quilos por hectare, insuficientes para cobrir os custos da lavoura. “Através da transferência de tecnologia, trabalho em conjunto com o Flar, queremos reverter estes resultados nestas regiões mais carentes já para a próxima safra”, afirmou.

Uma alternativa à lavoura de arroz foi apresentada durante a reunião com a criação de um seguro renda, o que ajudaria o produtor na hora de cobrir os custos de sua lavoura. A criação de um grupo de trabalho foi sugerida, com integrantes da Federarroz, Farsul, Famurs e Irga, para tratar sobre como funcionaria esta modalidade de seguro.

Antônio Rosso

À tarde, o melhorista do Irga Antônio Rosso, realizou palestra sobre Qualidade do Arroz e Melhoramento Genético realizados pelo Instituto. Segundo ele, o objetivo do Programa de Melhoramento Genético é desenvolver cultivares de arroz com alto potencial de rendimento de grãos para todas as regiões do Estado, com resistência a estresses bióticos e abióticos e alta qualidade de grãos. Além disso, desenvolve cultivares tolerantes a herbicidas para o controle do arroz vermelho.

Rosso fez um relato do histórico do uso de cultivares de arroz no Rio Grande do Sul, a evolução da adoção das cultivares modernas, apresentou as cultivares Irga com seus pontos fortes e fracos e aquelas recomendadas pela pesquisa, com suas características fisiológicas e agronômicas, entre as mais recentes, a Irga 424 RI, 429 e 430. Os representantes da indústria questionaram o avanço da variedade Irga 424 em todo o Estado, devido ao seu alto potencial produtivo, mas que em algumas regiões apresentavam um defeito conhecido como centro branco. Foi explicado que a variedade foi desenvolvida na Estação de Santa Vitória do Palmar e indicada para a Zona Sul do Estado, por possuir tolerância ao frio e que com o manejo correto, a tendência era a redução do defeito. Ao final, o diretor comercial do Irga, Tiago Barata e o gerente do Projeto Brazilian Rice, Gustavo Ludwig, falaram sobre Exportações e As perspectivas para o mercado de arroz.

Exportações e mercado de arroz foi a palestra final  

  

Texto: Luciara Schneid

 

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