Um encontro entre engenheiros agrônomos, produtores e técnicos do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e da Basf debateu práticas corretas de manejo para garantir mais qualidade à cultivar 424 RI-CL. O tema foi tratado na última sexta-feira no 9º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) de Alegrete, no oeste do RS. O engenheiro agrônomo da Basf Nelton Brandão apresentou o posicionamento da empresa para o sistema Clearfield (CL), que consiste no uso de cultivares portadoras de genes com resistência aos herbicidas do grupo químico das imidazolinonas. Entre as técnicas corretas de manejo, o engenheiro agrônomo destacou a utilização de sementes certificadas, o uso adequado de produtos registrados e indicados para a cultura, irrigação no estágio recomendado, controle de escapes de arroz-daninho e invasoras, rotação no sistema Clearfield, limpeza de máquinas, canais, drenos e estradas e ressaltou a importância de consultar os assistentes técnicos sempre que for necessário.

O Irga orienta para que a semeadura seja feita até o fim da primeira quinzena de outubro, especialmente na região da Fronteira Oeste. Já a adubação deve ser feita de forma equilibrada, em maiores doses, tanto na de base como na de cobertura. “A genética é soberana, jamais conseguiremos transformar a 424 RI-CL em uma 409 ou em Irga 417, porém, temos informações de produtores que utilizam um manejo de forma correta e que têm conseguido entregar uma 424 RI-CL bem melhor na indústria”, afirmou o gerente da Divisão de Pesquisa do Irga, Rodrigo Schoenfeld.

Até o momento, não houve nenhum registro de brusone na variedade, considerada a doença mais importante para cultura do arroz, por provocar perdas que podem atingir até 100% da produção. A questão da qualidade do grão foi fortemente debatida.

A Basf, que é parceira do Irga nesta tecnologia, é considerada a maior empresa da indústria química mundial, contando com aproximadamente 113 mil colaboradores. Em 2014, o volume de vendas da empresa chegou a 74,3 milhões de euros.

Durante o encontro, o gerente da Divisão de Pesquisa do Irga ainda apresentou novos projetos de transferência de tecnologia da autarquia, ressaltando o Projeto 10+, que terá nova etapa para o aumento da produtividade no cultivo de arroz irrigado no Estado. 

Texto: Sara Kirchhof

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