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Chineses buscam intercâmbio de conhecimento no Irga

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A comitiva veio de Shandong, na China - Foto: Sara Kirchhof/ Irga

Uma comitiva formada por chineses da província de Shandong visitou a Estação Experimental do Arroz do Irga na tarde desta quarta-feira (17). O grupo foi recebido pelo diretor comercial do instituto, Tiago Sarmento Barata, que falou sobre os números da atual safra, que apresenta um rendimento de 7,9 mil quilos por hectare.

O grupo de chineses do Instituto de Pesquisa em Desenvolvimento Agrícola e Sustentável da Academia de Ciências Agrícolas da Província de Shandong (SAAS) está dedicado a conhecer as estruturas de órgãos com os quais buscam firmar novas parcerias nas áreas de pesquisa e ensino.

Os asiáticos demonstraram interesse em possibilidades de cooperação com técnicos da autarquia. A primeira visita de chineses da SAAS havia ocorrido em maio de 2015 e, posteriormente, em novembro do mesmo ano, quando foi assinado um Memorando de Entendimento com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do RS.

Outra comitiva chinesa visitou o RS em 2015

Liu Tao, diretor do instituto chinês, enalteceu o trabalho da autarquia. “As pesquisas do Irga são bem avançadas, o instituto conta com profissionais especializados. O trabalho é um sucesso e representa resultados no desenvolvimento de cultivares e na área de manejo muito bem sucedidos. Acredito que a partir de agora haverá um grande intercâmbio de informação na parte de ciência e tecnologia, promovendo avanços para ambas as partes”, declarou. Tao veio acompanhado de dois professores do instituto, Ji Mingehuan e Li Minghui.

Durante a tarde, a pesquisadora do Irga e doutora em melhoramento vegetal, Gabriela Fonseca, fez uma apresentação à comitiva abordando os trabalhos desenvolvidos pela autarquia como instituição de pesquisa, bem como o  programa  de melhoramento de arroz desenvolvido e as cultivares mais semeadas. “Durante a apresentação foram debatidos todos os aspectos da pesquisa e produção de arroz no Estado, traçando comparativos com a pesquisa e produção de arroz na província de Shandong e na China de um modo geral”, resumiu a pesquisadora.

O grupo recebeu materiais institucionais do Irga

Quem acompanhou a comitiva foi o representante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, Tiago Lazzari. “A vinda deles é muito importante e consolida o Memorando de Entendimento firmado em 2015. Onde há interesses mútuos, especialmente com pesquisas científicas, pode-se replicar experimentos e pode se encontrar interesses convergentes", declarou.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado, Ernani Polo, comentou a visita dos chineses: “O Rio Grande do Sul é reconhecido mundialmente pela produção de arroz e isso acaba atraindo a atenção de diversos países interessados em conhecer as pesquisas que estão sendo realizadas na área por aqui, onde o Irga aparece como referência, sendo um órgão importante de fomento ao setor vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado”.

O Rio Grande do Sul produz mais de um milhão de hectares com o cereal. Hoje, o arroz produzido no Brasil é suficiente para atender a toda demanda interna atendendo ainda 65 países com exportação. Calcula-se que 70% da produção nacional de arroz provenha de variedades desenvolvidas pelo Irga. Na Argentina, as cultivares do instituto correspondem à metade das lavouras e, no Paraguai, o índice chega a 100%. A primeira cultivar desenvolvida com resistência a herbicida foi produzida pelos pesquisadores do instituto. Já a China é o maior produtor e consumidor de arroz do mundo, consumindo quase toda sua produção.  

Os chineses aproveitaram para provar frutas do pomar da EEA

Texto: Sara Kirchhof

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