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Banco do Brasil e WWF-Brasil promovem workshop da commodity arroz

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Participantes do workshop sobre a commodity arroz - Foto: Taís Meireles/WWF-Brasil

Workshop Diálogo sobre Diretrizes de Sustentabilidade para o Crédito Agrícola da Cultura do Arroz no Brasil ocorreu nesta quarta-feira (8), em Brasília, e reuniu cerca de 10 stakeholders, entre representantes do governo, da iniciativa privada e do terceiro setor.
 
O encontro vem na sequência de outros três encontros realizados neste ano, focados nos setores da soja, miho e algodão. O objetivo dos workshops é validar os riscos socioambientais de cada commodity para orientar o Banco do Brasil em seu plano de mitigação dos riscos associados.
 
“O Banco do Brasil, como maior financiador do agronegócio no Brasil, tem a responsabilidade de avaliar com cuidado os riscos envolvidos na concessão de crédito. Já temos uma série de ferramentas para mitigá-los, mas a intenção é debater de forma mais profunda esses riscos junto aos atores envolvidos na cadeia das commodities”, comenta Wagner Siqueira, gerente executivo de Sustentabilidade do Banco do Brasil.
 
Metodologia do workshop
 
Parceiro do WWF-Brasil desde 2010, o Banco do Brasil vem usando para essa análise a metodologia de Supply Risk Analysis, criada pelo WWF Estados Unidos e que mapeia uma série de riscos socioambientais e de gestão, como desmatamento, mudanças climáticas, infraestrutura e transporte, consumo de água e uso de trabalho análogo ao escravo, totalizando quase 40 critérios.
 
Com esse raio-x de cada setor, a metodologia permite criar uma matriz de avaliação de risco, de acordo com níveis. “Levar esta metodologia para o Banco do Brasil, o maior agente financeiro de crédito rural no país, vai contribuir para que a agricultura brasileira adote melhores práticas socioambientais” avalia Carolina Siqueira, analista de conservação do Programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil.
 
Utilizando a metodologia, os participantes do workshop desta quarta se debruçaram em 10 indicadores, que agora serão reavaliados pelo BB e o WWF-Brasil para enfim serem publicados oficialmente e inseridos no dia a dia dos funcionários do BB. Cada participante também receberá um feedback em formato de relatório de como suas sugestões influenciaram o contexto geral.
 
Mellissa Silva, pesquisadora da Embrapa, participou pela primeira vez de um evento como esse e compartilhou o que mais gostou: “É muito interessante essa troca de informações entre os atores. Acredito que irá trazer bons frutos tanto para os produtores quanto para o meio ambiente”.
 
Para Tiago Barata, diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz, a importância do evento se dá pela necessidade de evitar conflitos na região. “Normalmente esse tipo de critérios entram como uma imposição para os produtores. Ouvindo todos os lados, o Banco do Brasil está construindo em conjunto com eles seus critérios”, comenta.
 
Programa Água Brasil e a Economia Verde
 
No atual cenário de expansão da produção e consumo de commodities e com a necessidade cada vez mais crescente de uso eficiente e responsável dos recursos naturais, o Programa Água Brasil busca balancear essa relação entre negócios e natureza por meio de mecanismos de gestão de riscos e novos negócios em Economia Verde.

Com esta iniciativa o Banco do Brasil também reforça seu compromisso com a expansão da produção rural sustentável, em consonância com os princípios da Economia Verde e com sua vocação natural de Banco do Agronegócio.

Com isso em mente, a metodologia foi adaptada pelo Banco do Brasil e o WWF-Brasil para que a gestão de riscos e impactos socioambientais seja aplicada nas principais commodities agrícolas e florestais, promovendo a produção e consumo sustentáveis.

O próximo workshop acontecerá no dia 14 de novembro, em São Paulo, e trará atores do setor de Eucalipto.
 

Fonte: https://www.wwf.org.br/

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